A iniciativa é desenvolvida pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comvides) do TJES em parceria com o Instituto de Inovação Win e o Rotary Club.
O Projeto Mulher Superando o Medo, que busca promove atendimento psicossocial e a autonomia financeira de vítimas de violência doméstica, deu início no último sábado (24), aos encontros da primeira turma formada por mulheres surdas. Para garantir a interatividade do grupo, todas as atividades foram traduzidas em Libras por duas intérpretes.
Uma das 20 participantes foi a Priscila Oliveira, de 31 anos, que se sentiu abraçada e motivada logo no primeiro dia:
“Nossa, foi muito bom. Fiquei emocionada com tudo que o projeto me explicou e detalhou. E acredito que posso realmente mudar minha autoestima e ter mais ação no meu dia a dia”.
Além das mulheres, dois homens surdos, que não eram agressores, mas sim companheiros e amigos, também assistiram à aula: “Ficou muito claro para mim o que foi explicado sobre o medo e os direitos das mulheres. Percebi a importância do cuidado que devemos ter com nossas parceiras. Nós, como homens, precisamos ser mais educados e saber tratar a mulheres do jeito que elas merecem”, relatou um dos participantes.
Para a Coordenadora Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, juíza Hermínia Azoury, a formação de uma turma voltada para mulheres surdas é a realização de um sonho de inclusão social:
“Sempre desejei alcançar as pessoas que têm dificuldade de acesso a essas informações. E aqui elas vão encontrar tudo que desejam saber, o que consta na constituição Federal, sobre igualdade entre homens e mulheres. E aprender que elas podem enfrentar seus anseios e vencer, mesmo com todas as limitações”.
Saiba Mais
Esta já é a sétima turma do projeto Mulher Superando o Medo, que é
Desenvolvido por meio de uma parceria entre a Coordenadoria Estadual
da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comvides) do
Tribunal de Justiça (TJES), o Instituto de Inovação Win e o Rotary Club.
O atendimento às mulheres é dividido em cinco aulas. O primeiro passo é
identificar o perfil de cada uma, as necessidades psicossociais e apresentar
a elas todos os mecanismos de defesa e proteção disponíveis gratuitamente.
Em seguida, elas são encaminhadas aos parceiros de saúde física e mental
- o Centro de Atendimento à Vida (CAV) e para o Centro de Referência
Especializado em Atendimento à Mulher Vítima de Violência em Vila Velha
(Cramvive).
Ao final do curso, as mulheres recebem o acesso a um aplicativo que
permite o controle de finanças de forma prática, além de enviar mensagens
motivadoras e disponibilizar o botão do disque 180, caso precisem fazer
alguma denúncia.
Fonte: Assessoria de Imprensa e Comunicação Social do TJES
Foto: Divulgação TJES